Bacharel em Moda formada pela Universidade da Amazônia, Selice Viegas é um exemplo de que “longe é um lugar que não existe”, ou seja, é possível vencer todas as adversidades e alcançar os seus objetivos, desde que você trabalhe diariamente pra isso. Selice foi alfabetizada aos 11 anos de idade, chegou a Universidade graças a uma bolsa integral do Prouni e conquistou nota 10 no Projeto Experimental. A recompensa para uma jornada cheia de obstáculos. “Agradeço muito a Deus por essa conquista. Em muitos momentos, achei que seria impossível alcançar esse objetivo”, afirma.
Fazendo Moda – Qual foi o tema do seu Projeto Experimental?
Selice Viegas – Desde que comecei a estudar fotografia na faculdade tive certeza que queria falar sobre esse assunto, mas só no 5º semestre decidi que iria falar sobre fotografia do cotidiano intimo. Minha pesquisa é sobre “A estética da fotografia do cotidiano intimo e sua influência no campo da moda”. Meu objeto de pesquisa foi a fotógrafa americana Nan Goldin, que fotografou a sua vida íntima e de seus amigos, e na década de 90 serviu como inspiração para fotógrafos e produtores de moda.
Fazendo Moda – Quais dificuldades você encontrou?
Selice Viegas – Tive muitas dificuldades para falar sobre o assunto. Muitas vezes pensei em desistir. O tema é polêmico e constrangedor, mas minhas orientadoras me incentivaram a continuar e, no final, gostei muito do resultado.
Fazendo Moda – Qual foi o grande aprendizado?
Selice Viegas – É um trabalho que contribuirá para se entender o surgimento da fotografia e da fotografia de moda. Foi um trabalho que contribuiu muito para meu conhecimento geral e, principalmente, sobre fotografia e sua importância para sociedade.
Fazendo Moda – No que você se inspirou para elaborar a coleção?
Selice Viegas – Minha coleção foi inspirada nas fotografias de Nan Goldin e teve como foco os corpos nus em momentos de intimidade.
TEXTO Camila Xavier, Claudia Alice Pires, Debora Aimee Gomes e Francilande Alves EDIÇÃO Rosyane Rodrigues IMAGENS acervo de pesquisa