A escolha dos nossos temas de pesquisa sempre será algo pessoal e particular. Quem diz é o antropólogo Anthony Seeger. Ou seja, sempre escolhemos estudar aquilo que nos inspira, nos instiga, nos emociona e/ou nos inquieta. Com Tais Vaz não foi diferente, as modificações corporais, em especial, as tatuagens, foram escolhidas como tema para o Projeto Experimental. Em entrevista ao Blog Fazendo Moda, Taís fala sobre o processo de pesquisa para a construção do trabalho final de curso e das inspirações para a coleção Segunda Pele.
Fazendo Moda – Como foi escolher o tema do Projeto Experimental ?
Thaís Vaz – Há muito tempo a modificação corporal me encanta, desde o piercing até as tatuagens, estas principalmente. A maioria das pessoas vê essa prática como uma agressão ao corpo e ao espírito, elas não entendem que isso é um estilo de vida. Para alguém fazer essas mudanças pelo corpo precisa, acima tem tudo, ser muito sensível e amar essa forma de arte, pois, na maioria das vezes, as mudanças são irreversíveis. Assim, a escolha do tema foi bem natural, pois desde o começo do curso já sabia que era disso que ia falar, só não sabia que viés seguir. Com as leituras fui me encontrando e, aos poucos, solidificando a pesquisa.
Fazendo Moda – Qual era o seu objetivo?
Thaís Vaz – O meu trabalho fala de modificação corporal, mais precisamente sobre tatuagem. O objetivo era mostrar que hoje a tatuagem não está, necessariamente, ligada à marginalidade. Para isso fiz um levantamento histórico a fim de resgatar a essência das modificações corporais, relacionando-as com a sociedade até chegar ao mundo da moda. Mostrando a MC como arte e expressão cultural.
Fazendo Moda – O que foi o mais difícil durante o processo de pesquisa?
Thaís Vaz – Foi conseguir encaixá-lo com o tema guarda-chuva que, no meu caso, foi Brasilidade. Eu não queria estudar as tatuagens tribais brasileiras e, sim, as dos estilos old e new school, que têm total influência da marinha norte-americana. Eu tive que estudar a chegada da tatuagem no Brasil e daí fazer um recorte para a coleção.
Fazendo Moda – Quais foram as fontes de inspiração para o desenvolvimento da coleção?
Thaís Vaz – Durante a pesquisa, vi que a tatuagem chegou ao Brasil a partir das zonas portuárias. Diante desse cenário, criei uma prostituta de cais que marcava no corpo (com tatuagens) a história de sua vida e de seus amores impossíveis. Assim, surgiu a coleção Segunda Pele: marcações de um amor impossível.
Fazendo Moda – Depois, como foi a pesquisa de material?
Thaís Vaz – Uma parte da coleção é composta por uma segunda pele, estampada com tatuagens. Para confeccioná-la foram necessários vários testes até descobrir que tipos de malha e estampa se encaixariam melhor na proposta de coleção. No final, decidi usar o forro de biquíni e a técnica da sublimação como estamparia. Para as outras peças foi mais simples.
Fazendo Moda – Quais são seus planos a partir de agora?
Thaís Vaz – Estou iniciando uma pós-graduação em Moda e Criação. E já comecei a escrever meu pré-projeto para a monografia de conclusão, que é uma extensão do meu Projeto Experimental. Também quero escrever um artigo sobre a minha pesquisa. Quero pesquisar e aprender tudo mais que eu puder e unir essas duas paixões que eu tenho: a moda e as modificações corporais.
TEXTO Anna Leonard, Nayara Lins e Thaís Silva EDIÇÃO Rosyane Rodrigues FOTO Arquivo Pessoal
Fazendo Moda – Como foi escolher o tema do Projeto Experimental ?
Thaís Vaz – Há muito tempo a modificação corporal me encanta, desde o piercing até as tatuagens, estas principalmente. A maioria das pessoas vê essa prática como uma agressão ao corpo e ao espírito, elas não entendem que isso é um estilo de vida. Para alguém fazer essas mudanças pelo corpo precisa, acima tem tudo, ser muito sensível e amar essa forma de arte, pois, na maioria das vezes, as mudanças são irreversíveis. Assim, a escolha do tema foi bem natural, pois desde o começo do curso já sabia que era disso que ia falar, só não sabia que viés seguir. Com as leituras fui me encontrando e, aos poucos, solidificando a pesquisa.
Fazendo Moda – Qual era o seu objetivo?
Thaís Vaz – O meu trabalho fala de modificação corporal, mais precisamente sobre tatuagem. O objetivo era mostrar que hoje a tatuagem não está, necessariamente, ligada à marginalidade. Para isso fiz um levantamento histórico a fim de resgatar a essência das modificações corporais, relacionando-as com a sociedade até chegar ao mundo da moda. Mostrando a MC como arte e expressão cultural.
Fazendo Moda – O que foi o mais difícil durante o processo de pesquisa?
Thaís Vaz – Foi conseguir encaixá-lo com o tema guarda-chuva que, no meu caso, foi Brasilidade. Eu não queria estudar as tatuagens tribais brasileiras e, sim, as dos estilos old e new school, que têm total influência da marinha norte-americana. Eu tive que estudar a chegada da tatuagem no Brasil e daí fazer um recorte para a coleção.
Fazendo Moda – Quais foram as fontes de inspiração para o desenvolvimento da coleção?
Thaís Vaz – Durante a pesquisa, vi que a tatuagem chegou ao Brasil a partir das zonas portuárias. Diante desse cenário, criei uma prostituta de cais que marcava no corpo (com tatuagens) a história de sua vida e de seus amores impossíveis. Assim, surgiu a coleção Segunda Pele: marcações de um amor impossível.
Fazendo Moda – Depois, como foi a pesquisa de material?
Thaís Vaz – Uma parte da coleção é composta por uma segunda pele, estampada com tatuagens. Para confeccioná-la foram necessários vários testes até descobrir que tipos de malha e estampa se encaixariam melhor na proposta de coleção. No final, decidi usar o forro de biquíni e a técnica da sublimação como estamparia. Para as outras peças foi mais simples.
Fazendo Moda – Quais são seus planos a partir de agora?
Thaís Vaz – Estou iniciando uma pós-graduação em Moda e Criação. E já comecei a escrever meu pré-projeto para a monografia de conclusão, que é uma extensão do meu Projeto Experimental. Também quero escrever um artigo sobre a minha pesquisa. Quero pesquisar e aprender tudo mais que eu puder e unir essas duas paixões que eu tenho: a moda e as modificações corporais.
TEXTO Anna Leonard, Nayara Lins e Thaís Silva EDIÇÃO Rosyane Rodrigues FOTO Arquivo Pessoal
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