domingo, 11 de abril de 2010

Alice no País dos maravilhosos figurinos

O filme, em desenho animado, de 1951 conta a trama de uma garota que cai em um buraco para o mundo da imaginação, ou o País das Maravilhas, e acaba entrando em um lugar onde encontra situações incomuns e personagens surreais. E é dentro de todo esse enredo que conseguimos perceber como as vestimentas das personagens conseguem formar e transmitir uma personalidade.

A roupa de Alice, por exemplo, é um vestido azul céu acinturado, estilo new look, composto por um avental branco, meias brancas, sapatilhas e fitilho preto. Fica clara a relação entre o vestuário e as características psicológicas como a ingenuidade, representada pelas cores azul e branco, além de remeter à curiosidade e pureza infantil. Alice inspirou muita gente e entre essas está Sonia Rykiel, que idealizou uma coleção de langerie chamada Um Mundo Sem Medidas e também outros como: nos desfiles – Ungaro e Versace; nas tendências - Louis Vuitton, Gêmeas, Maria Garcia, entre outros.

Outras personagens, especialmente, a Rainha de Copas também têm suas características representadas por seus ornamentos. Neste caso, as cores vermelhas e pretas lembram o poder, a fúria e a autoridade da rainha, é a tradução de sua personalidade através da roupa bufante e golas enormes. Da mesma forma, personagens como o Coelho, transparecem o que são ou de onde vêm através de suas vestimentas, especificamente para ele uma aparência constituída de estereótipos ingleses, como guarda-chuva preto, óculos redondos, relógio de bolso, fraque e gravata borboleta.

É incrível como podemos entender os personagens de qualquer tipo de filme, inclusive os infantis, através da composição da indumentária. É o que observamos em Alice no País das Maravilhas. A história de Lewis Carroll, transportada dos livros para a sétima arte, demonstra ainda mais a importância do figurino para a formação das personagens.

Ao ler um conto como este os figurinistas precisam ter a capacidade de transportar para a tela o que lemos e sentimos com cada personagem. A importância desse trabalho pode ser comprovada pela frequência com que Alice é relembrada ainda hoje, seja em editoriais, coleções, ilustrações, infinitas formas de manifestação de arte, ou até mesmo no novo filme de Tim Burton.

ARTIGO escrito por Mariana Melo, Ysa Almeida, Thais Vaz, Karllana Cordovil e Piedade Carneiro EDIÇÃO Rosyane Rodrigues

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